BlackBerry ainda não lucra, mas estabiliza e ensaia retorno com estilo

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Imagem: Digital Journal

Uma das principais responsáveis pela popularização dos smartphones ao redor do mundo, a BlackBerry viu o valor de sua marca cair rapidamente após a chegada dos aparelhos touchscreen, não conseguindo competir de igual para igual com marcas como Apple e Samsung. Recentemente, a empresa canadense decidiu mudar o foco de suas atividades para o mercado de softwares empresariais, e parece que a coisa está começando a gerar resultados animadores.

É o que mostram os resultados financeiros do último trimestre, quando a companhia registrou números melhores do que o esperado. Segundo o relatório, a empresa não chegou a gerar lucro, mas teve perdas aproximadamente 80% menores em comparação ao mesmo período do ano passado. Ao decidir mudar o direcionamento para os softwares, ela reduziu custos operacionais e vem estabilizando sua receita para ensaiar um possível retorno em grande estilo ao mercado de tecnologia.

Saindo do buraco

Enquanto muitos apostavam que a BlackBerry fecharia as portas, a empresa se manteve no mercado e, aos poucos, vem conseguindo dar a volta por cima. A companhia deu seus primeiros passos rumo à recuperação com a compra da empresa de tecnologia automotiva QNX, que fazia parte da Harman International, em 2010.

Apenas três anos depois, a companhia contratou seu atual CEO, John Chen, que trouxe um novo olhar e direcionamento, recuperando a credibilidade no mercado. Sob o comando dele, a empresa marcou sua presença no mercado e, em 2015, adquiriu as plataformas de mobilidade da Good Technology depois de desembolsar US$ 425 milhões (R$ 1,33 bilhão).

John Chen, CEO da BlackBerry.

Atualmente, a BlackBerry já não é mais responsável pela fabricação de hardwares, apesar de seus dispositivos ainda funcionarem. A única exceção, por ora, fica por conta do Radar - um dispositivo de rastreamento de caminhões anunciado em 2016.

E como ela pode crescer mais

Enquanto proprietária da QNX, a BlackBerry pode aproveitar essa fatia do mercado e fazer o sistema operacional do tipo Unix crescer ainda mais. De acordo com Gus Papageorgiou, analista da firma Macquarie, a QNX já abocanha cerca de metade do mercado de entretenimento informativo e atualmente rende cerca de US$ 1 por veículo para a BlackBerry — número que pode crescer para US$ 5 com os modelos de receita atuais.

Já quanto ao Radar, a possibilidade de crescimento aqui se dá junto ao crescimento da Internet das Coisas. De acordo com Chen, essa também é a aposta da empresa para o futuro próximo.

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