21 fatos para celebrar a memória de Stan Lee

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Aos 95 anos, uma das mentes brilhantes por trás de personagens como Homem-Aranha, Demolidor e todos os X-Men se foi. Nascido Stanley Martin Lieber e mundialmente conhecido como Stan Lee, o artista passou mal no último dia 12 de novembro, em sua casa, em Los Angeles, e não resistiu.

O legado de Stan Lee é enorme, e ele merece ser lembrado tanto por sua imensa criatividade quanto pela pessoa cativante que foi. Por aqui, relembramos 21 fatos sobre ele — alguns mais conhecidos, e outros muito inusitados!

Vida pessoal

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1. Família Lieber

Filho de imigrantes romenos, Stan Lee nasceu em 28 de dezembro de 1922 em Nova York, em uma família judia. Sua mãe, Celia, foi uma grande inspiração em sua vida, afinal sempre incentivou seus hábitos de leitura e elogiou suas criações.

Seu irmão Larry Lieber também é um artista dos quadrinhos, sendo inclusive cocriador dos super-heróis Homem de Ferro, Thor e Homem-Formiga.

2. Joan

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Stan foi casado com Joan até o falecimento dela: julho de 2017. Eles ficaram juntos por quase 70 anos e, nesse tempo todo, era ela quem cortava o cabelo do marido. Mas nem tudo foram flores na vida do casal: houve um episódio em que, durante uma discussão, ela quebrou a máquina de escrever na qual ele havia escrito os primeiros números de suas criações para Homem-Aranha e Quarteto Fantástico.

3. Leitor voraz

Quando criou sua primeira história para Capitão América, Stanley adotou o pseudônimo Stan Lee, pois acreditava que quadrinhos não seria uma coisa da qual ele se orgulharia quando iniciasse sua sonhada carreira de escritor.

Na adolescência, Stan sonhava em ser romancista e, sob os estímulos de Celia, era um leitor habitual das obras de Mark Twain, Sir Arthur Conan Doyle, Jules Verne e H.G. Wells.

4. Vida escolar

Aos 15 anos, Stan participou da competição semanal “The Biggest News of the Week” (As maiores notícias da semana, em tradução livre), promovida pela New York Herald Tribune, e foi o ganhador por três semanas consecutivas.

Após terminar o ensino médio, aos 16 anos, ele decidiu procurar um emprego para ajudar no sustento de sua família. Mas o interesse pela escrita e a enriquecedora experiência no concurso certamente definiram o futuro de sua carreira.

5. Herói favorito

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Em 2013, em entrevista ao Entertainment Tonight, Lee revelou que, quando criança, era fã dos filmes de ação estrelados por Errol Flynn: “ele era o melhor cara do mundo: estava sempre lá, com duas armas, mas sorrindo, alegre e resgatando mulheres. Eu não consigo pensar em nada mais divertido do que passar a vida resgatando mulheres”, disse. À época, seu herói favorito era Robin Hood!

6. Causas nobres

Em 2010, foi fundada a Stan Lee Foundation, uma organização que tem por objetivo dar suporte a ações que promovem o acesso à literatura, à educação, às artes, à diversidade e à cultura.

Entre 1981 e 2001, o artista também fez doações de peças do seu acervo pessoal à Universidade do Wyoming, disponibilizando para estudos itens como manuscritos, cartas de fãs e entrevistas.

7. Keya Morgan

De junho a agosto de 2018, Lee esteve no centro de uma polêmica: seu cuidador foi denunciado por comportamento abusivo. Desde a morte de Joan, Keya Morgan estaria se aproveitando do artista a fim de obter vantagens financeiras.

Por, supostamente, ter isolado Stan, deixando-o sem contato com sua família e seus amigos, uma ordem de restrição foi emitida contra Morgan, que deveria manter uma distância mínima de 91 metros da vítima. Em junho, Morgan chegou a ser preso devido a uma ligação falsa feita para a polícia a respeito de uma invasão à casa de Lee.

8. Problemas de visão

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Havia anos que Stan Lee vinha lidando com a perda gradual de sua visão. Em 2016, em entrevista a RadioTimes, ele contou que já não conseguia mais ler quadrinhos e se sentia muito chateado com isso: “não apenas histórias em quadrinhos, mas também jornais, romances ou qualquer coisa. Eu sinto falta de ler em 100%; esta é a maior perda do meu mundo”, lamentou-se.

Exemplificando o seu nível de dificuldade, o escritor ainda contou que, ao escrever notas para ele mesmo, precisava usar letras garrafais e, ainda assim, utilizar algum dispositivo eletrônico para aumentá-las ainda mais quando precisasse lê-las posteriormente.

Carreira

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9. Faz-tudo

Jovenzinho, Stan Lee desempenhou diversos trabalhos de meio período para ganhar algum dinheiro, tais como entregar sanduíches no Rockefeller Center, vender assinaturas do New York Herald Tribune, sendo o office boy de um fabricante de calças e até ajudando os frequentadores de um teatro na Broadway a encontrarem seus assentos.

10. Obituários

Já com a escrita, o primeiro trabalho oficial de Stan Lee teria sido escrevendo obituários para um informativo e comunicados à imprensa para o Centro Nacional de Tuberculose.

11. Timely Comics

Em 1939, Stanley começou a trabalhar como assistente de escritório da Timely Comics, onde seu tio Martin Goodman era editor. Na empresa trabalhavam grandes nomes, como Joe Simon e Jack Kirby, os criadores de Capitão América. Anos depois, a carreira de Stan Lee começou: em 1941, ele escreveu uma história de Capitão América sob o novo pseudônimo.

Com 19 anos, ele já era editor interino na Timely, onde também veio a se tornar editor-chefe do setor dedicado a quadrinhos.

12. Roteirista do exército

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Em 1942, Lee se tornou membro do exército americano, tendo sido encarregado, primeiramente, pelos equipamentos de comunicação e telégrafos. Em pouco tempo, foi transferido para a Divisão de Filmes de Treinamento, onde, ao lado de Dr. Seuss (sim, o criador do Grinch!), roteirizou filmes de treinamento.

13. Aparições

Além de suas clássicas aparições-surpresa em filmes da Marvel, Stan Lee deu o ar de sua graça em Phineas and Ferb, Os Simpsons e O Diário da Princesa 2. No filme estrelado por Anne Hathaway, ele compareceu ao casamento da Princesa da Genovia e disse que o pouco que sabia de inglês era devido aos filmes dos Três Patetas.

14. Stan Lee's Superhumans

Em 2010, o quadrinista estreou o programa Stan Lee’s Superhumans, no qual, ao lado de um contorcionista, procurava conhecer pessoas da vida real que tivessem superpoderes – fossem esses habilidades mentais ou físicas impressionantes. O programa foi exibido pelo History Channel até 2014 e teve 3 temporadas.

15. "Romeo & Juliet: The War"

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Em 2012, Stan Lee cocriou uma graphic novel inusitada. "Romeo & Juliet: The War" é uma releitura futurista do clássico shakespeariano, no qual a família Montéquio – composta por ciborgues feitos de DNA artificial – é inimiga mortal dos Capuleto, que são humanos geneticamente melhorados. Até que Romeu Montéquio e Julieta Capuleto se apaixonam e, secretamente, planejam se casar.

Segundo a revista Variety, o livro criado por Stan Lee e Terry Dougas, escrito por Max Work e ilustrado por Skan Srisuwan, chegou ao Guinness Book como a graphic novel mais longa da história.

15. DC Comics

Apesar de ser amplamente conhecido por ser trabalho na Marvel, Stan Lee chegou a lançar uma série especial para a rival DC Comics. Em Just Imagine…, o escritor criou novas versões para os super-heróis clássicos da marca, de modo que Batman, por exemplo, passa a se chamar Wayne Williams, e a Mulher-Maravilha vira Maria Mendoza.

Os nomes com iniciais repetidas são uma marca registrada de Lee, como é o caso de Peter Parker e Bruce Banner.

Marvel

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16. Antes era Timely Comics

Aquela empresa em que Stan conseguiu um emprego como assistente por meio do tio Martin Goodman, a Timely Comics, veio a se tornar a gigante Marvel em 1960.

17. Método Marvel

Lee sempre definiu seu processo criativo como colaborativo. O processo consistia em, primeiramente, criar o enredo da história junto ao artista que a desenharia. Depois, era somente com a arte pronta que Lee escreveria a trama em detalhes, acrescentando os diálogos por cima dos desenhos.

18. Sua melhor aparição

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Em 1998, Stan Lee assinou um contrato vitalício com a Marvel Enterprises, segundo o qual ele deveria sempre dedicar 10% de seu tempo à companhia. O mesmo contrato previa que o autor deveria fazer aparições nos filmes dos personagens criados por ele que viessem a ser lançados pela marca.

Assim, não é de se espantar que, desde o Homem-Aranha de 2002, Lee tenha se tornado a sensação dos longas de heróis. Somando-se tantas aparições, é normal que cada fã tenha uma preferida, assim como o próprio Stan.

Em junho de 2018, em entrevista para a Marvel HQ, ele declarou que sua participação favorita foi a de Vingadores: Era de Ultron, em que ele é um veterano da Segunda Guerra que está bebendo em um bar com o Thor. Por quê? “Essa foi a única vez em que me deram duas cenas. Então eu estou esperando que isso dê certo e, na próxima vez, eu ganhe três”, explicou.

19. Hulk

Em 1962, Lee e Kirby criaram juntos o Incrível Hulk. Uma das principais influências de Stan para o desenvolvimento desse personagem foi o romance "Frankenstein", de Mary Shelley. No entanto, uma coisinha saiu do previsto: por um problema com as impressões, Hulk, que deveria ser cinza, ficou verde!

20. Homem-Aranha

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Contrariando o Comics Code Authority, em 1971, Stan Lee conseguiu lançar uma história que falava abertamente sobre drogas. Depois de ter recebido uma solicitação do Departamento de Saúde, Educação e Bem-Estar dos Estados Unidos, o autor se dedicou à criação de um arco em que Harry Osborn, o melhor amigo do Peter Parker, estivesse fazendo uso abusivo de pílulas — para, assim, deixar uma mensagem contrária ao uso de drogas.

21. Processo

Em 2005, Stan Lee ganhou um processo contra a Marvel, que não havia lhe pagado pelos royalties de Homem-Aranha no filme de 2002. O valor recebido foi de US$ 10 milhões!

Este texto foi escrito por Gabriela Petrucci via nexperts.

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