10 fatos deliciosos sobre Hannibal

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Em 2013, a produtora Martha De Laurentiis e o roteirista Bryan Fuller aceitaram uma missão difícil: recriar o universo de Hannibal. No começo dos anos 90, a história dos livros de Thomas Harris tomou o mundo, com Anthony Hopkins interpretando o psiquiatra canibal em O Silêncio dos Inocentes.

Então, através da NBC, Fuller conseguiu cumprir uma proposta ousada: mesclar as histórias de Hannibal Lecter (Mads Mikkelsen) e do agente do FBI Will Graham (Hugh Dancy), relacionando duas linhas de insanidade mental. Com apenas três temporadas, a série é uma obra-prima para os fãs do horror. Se você se encaixa nessa categoria, hoje é seu dia de sorte: trouxemos uma lista de fatos incríveis sobre a produção. Confira abaixo!

1. O destino colocou Hannibal nas mãos de Bryan Fuller

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Fuller, roteirista e produtor-executivo, era um grande fã das histórias de Hannibal, mas não estava ligado à produção desde o começo. Por sorte ou destino, Fuller acabou sentando ao lado de uma velha amiga, Katie O'Connell, que, por acaso, havia acabado de se tornar a CEO da Gaumont, a companhia que estava começando a pensar em uma série.

Fuller lhe perguntou se eles também tinham os direitos do personagem Will Graham, que protagoniza o livro "Dragão Vermelho". Ele estava convencido de que havia mais a ser explorado da relação entre Graham e Lecter, e tudo por conta de um trecho do livro. Em entrevista, ele explicou:

"Como eu li os livros, eu sabia que Will Graham é muito mais psicologicamente complexo na literatura do que no filme. Eu pensei 'Uau, é uma grande oportunidade de desenvolver aquele trecho de 'Dragão Vermelho' em que Hannibal Lecter diz: Você me capturou porque você é tão insano quanto eu. Existe todo um mundo aí para explorar a amizade deles. Se nós estamos lidando com Hannibal Lecter, que é psiquiatra e canibal, então ele é um livro aberto para nós, um lobo em pele de psiquiatra, e seria uma coisa horrível para alguém como Will Graham, vulnerável em sua própria mente, ter uma pessoa com acesso aos detalhes de sua cabeça."

Suas reflexões acabaram o levando a uma reunião com a produtora e a NBC, e a série foi encomendada.

2. Inicialmente, a série ia ser sobre Clarice e Hannibal

Antes de toda a produção sequer começar, a produtora Martha De Laurentiis estava pensando em algum projeto envolvendo Hannibal Lecter, mas ainda não sabia exatamente o quê. Ela conta que cogitava fazer algo cronologicamente após O Silêncio dos Inocentes, com um encontro entre Hannibal Lecter e Clarice Starling — no filme, Anthony Hopkins e Jodie Foster. Entretanto, a ideia não foi para frente: Hannibal acabou se tornando uma parte pequena da história, e a produtora percebeu que "não parecia certo".

3. O plano era ter 7 temporadas

Como falamos acima, "Dragão Vermelho" é a inspiração principal do filme. Apesar disso, cronologicamente, a série se passa bem antes disso — na época em que Hannibal estava "na ativa" como psiquiatra e canibal.

Então, Fuller e sua equipe tiveram que procurar nas entrelinhas algo para desenvolver a relação entre Lecter e Graham do modo mais fiel possível aos livros de Harris. Acabou que o resultado final foi muito bom, e Fuller pôde trabalhar com elementos que não necessariamente estivessem explícitos nos livros — e tinha tanto material que ele planejava 7 temporadas.

"Bom, seguiria a literatura. A 4ª temporada seria 'Dragão Vermelho', a 5ª seria 'O Silêncio dos Inocentes', a 6ª, 'Hannibal', e a 7 traria um encerramento para o livro", explica Fuller, fazendo referência às obras que foram adaptadas para o cinema.

"Hannibal acaba em um ponto de tensão. Hannibal Lecter se aproximou de Clarice Starling e fez uma lavagem cerebral nela; eles estão meio apaixonados e são fugitivos, e essa é a tensão. Seria interessante resolver isso de alguma forma e colocar Will Graham de volta na trama. Então, se tivermos mais duas temporadas da série, entraríamos em expansões dos livros depois de usá-los como esqueletos da narrativa das temporadas, e isso seria um engrandecimento."

Na prática, os planos foram diferentes, e "Dragão Vermelho" aconteceu na segunda metade da 3ª temporada.

4. Um chef planejou todas as receitas canibais

Hannibal Lecter não é um canibal qualquer: ele é um homem fino, que quer sua própria carne humana gourmet. Então, o chef José Andrés foi contratado para ajudar a preparar as receitas do personagem. É claro que não foi usada carne humana de verdade em nenhum momento! Mas Andrés levou seu conhecimento para a série, explicando as partes comestíveis do corpo humano.

A partir disso, Fuller não só escreveu cenas em que Hannibal cozinhava partes humanas, mas também criava metáforas para todos os pratos. Andrés elaborava as receitas e, então, chamavam uma estilista de cozinha — Janice Poon —, que arrumava tudo no cenário, de um jeito que fez a loucura dos fãs.

5. Mudaram o gênero e a raça de vários personagens

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Por mais que Fuller tenha se baseado nos livros de Thomas Harris, ele fez várias mudanças que achou que serviriam bem à trama. Por exemplo, Hannibal é consideravelmente mais velho do que nos livros — e, como efeito, seus traumas de infância parecem menos importantes.

Além disso, ele mudou a raça e o gênero de vários personagens, simplesmente para ter uma história mais diversa e interessante. Assim, pôde escalar excelentes atores para papéis que eram brancos na versão de Harris, como Jack Crawford (Laurence Fishburne) e Reba McClane (Rutina Wesley). Já Alan Bloom se tornou Alana Bloom (Caroline Dhavernas), e Freddy Lounds agora é Freddie Lounds (Lara Jean Chorostecki).

"[Fiz isso] porque é uma representação mais fiel do mundo, e se nós simplesmente fizéssemos 'Dragão Vermelho' de novo, seria uma 'festa da salsicha' com um monte de caras brancos. Quer dizer, quando eu comecei a escrever, meus protagonistas sempre foram jovens mulheres, e existem algumas coisas sobre esse ponto de vista... você pode fazer certas coisas com uma personagem feminina que você não consegue fazer com um masculino."

6. David Tennant iria interpretar Hannibal

O primeiro ator a ser escalado foi Hugh Dancy, o Will Graham. Mas escolher o intérprete de Hannibal era mais difícil — afinal, Anthony Hopkins viveu o personagem em três filmes tão bem que ganhou o Oscar. Felizmente, eles escalaram Mads Mikkelsen, mas antes o papel tinha muitas chances de ir para David Tennant, de Doctor Who e Jessica Jones. Até o próprio Tennant concorda que Mikkelsen foi a escolha certa.

7. Censura era uma grande preocupação

Desde o começo, todo mundo sabia que Hannibal teria algumas cenas fortes: mutilação e canibalismo, só para começar. Então, a NBC garantiu que Fuller conversasse com censores antes de trabalhar em cada cena, e ele acabou aprendendo algumas estratégicas. "Quanto mais vermelho e vivo o sangue, menos você pode mostrar", o produtor-executivo explica. "Então, se você escurecer o sangue e o fizer parte das sombras, pode mostrar imagens mais explícitas do que normalmente."

8. Um episódio nunca foi ao ar

Após uma sucessão de crimes violentos nos EUA, no fim de 2012, Fuller pediu a NBC para retirar um episódio da 1ª temporada. O episódio era sobre uma mulher que fazia lavagem cerebral em crianças e as convencia a matar suas próprias famílias. Hoje em dia, você pode assistir ao episódio "Oeuf" em serviços de streaming, mas Fuller considerou que não seria adequado para o momento que os EUA viviam.

9. Um assassinato elaborado ficou de fora

Segundo Fuller, o episódio "Roti" teve uma cena que não pôde nem ser gravada. Nele, Graham está perseguindo Dr. Abel Gideon (Eddie Izzard), e haveria uma parte em que Louds chegaria a uma sala com uma vítima ainda viva de Gideon. Viva, mas com uma fenda no estômago — e Lounds acabaria ligando o ventilador de teto, que estaria conectado ao intestino da vítima. Além de ser bastante grotesco, a produção sequer sabia como fazer isso sem ficar absurdamente caro.

10. Em uma cena, foram usados corpos humanos reais (e vivos)

Na 2ª temporada, existe "O Muralista", um serial killer que sequestra e mata pessoas de diferentes raças, preserva os corpos com resina e, então, os costura de forma que eles pareçam um olho humano — brancos são a parte branca, e pessoas de pele escura são a pupila. É um visual bastante interessante, mas, na hora da filmagem, perceberam que não dava para fazer isso bem, digitalmente. Então, foram contratados artistas para se deitarem e fazerem a "estampa" no chão; só então as filmagens aconteceram.

Este texto foi escrito por Verenna Klein via nexperts.

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