George R. R. Martin: 11 curiosidades sobre a mente por trás de Game of Thrones

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Um dos nomes mais notórios da literatura na década, George Raymond Richard Martin – George R. R. Martin, como é mais conhecido, ou até GRRM – atravessou suas próprias aventuras muito antes de dar vida a Jon Snow, Daenerys, Tyrion, Cersei e companhia. Até receber US$ 15 milhões por cada temporada de Game of Thrones, o “Tolkien americano” de 70 anos teve uma origem humilde e pacata.

Conheça algumas histórias e entenda melhor como pensa o criador do Jogo dos Tronos:

https://tm.ibxk.com.br/2019/03/26/26163714288296.jpg" alt="" data-mce-src="https://tm.ibxk.com.br/2019/03/26/26163714288296.jpg" style="height:auto;vertical-align:middle;Foto: Nick Briggs

1. Quando criança, ele vendia histórias sobre monstros

O envolvimento do autor com a ficção veio cedo. George cresceu na nada movimentada Bayonne, em Nova Jersey, e seu pai trabalhava no porto. “Quando estava morando lá, eu queria fugir desesperadamente. Não porque fosse um lugar ruim, era muito bom em alguns aspectos, mas não tínhamos dinheiro. Nunca fomos a lugar nenhum”, contou Martin ao The Independent.

https://tm.ibxk.com.br/2019/03/26/26163818474298.jpg" alt="" data-mce-src="https://tm.ibxk.com.br/2019/03/26/26163818474298.jpg" style="height:auto;vertical-align:middle;Foto: Reena Rose Sibayan

Uma válvula de escape dessa realidade foi sua paixão pela leitura e escrita. Ele aprendeu que escrever poderia ser rentável e começou a vender suas próprias histórias para crianças do bairro. Entretanto, o negócio foi interrompido quando um dos jovens clientes teve pesadelos com as criações, o que chegou aos ouvidos da mãe do autor.

2. Martin é obcecado por quadrinhos

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“Sou muito grato pelas histórias em quadrinhos, porque foram elas, de fato, que me fizeram um leitor e ainda me tornaram um escritor”, declarou o criador de Westeros a uma plateia no Festival de Filmes Independentes de Santa Fé, Novo México — cidade que é seu lar atual. Martin dá créditos ao gênero literário por, em plenos Estados Unidos na década de 1950, fugir da mesmice de romances tediosos e que não se relacionavam com o público: “Batman e Superman tinham uma vida muito mais interessante”.

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3. George construiu uma torre-biblioteca em Santa Fé

Em 2009, o escritor adquiriu um imóvel no lado oposto de sua rua e o transformou em um escritório com direito a uma torre-biblioteca. A construção tem só dois andares, devido às restrições impostas pela cidade, mas serviu como uma luva ao propósito do novo dono: estar cercado de histórias enquanto escreve as próprias.

4. Uma carta de fã deu início à sua carreira de escritor profissional

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“Certa vez, 'Quarteto Fantástico' publicou uma carta minha e, por conter meu endereço, passei a receber fanzines. Foi quando comecei a escrever histórias para eles”, comentou George à audiência em Santa Fé. Fanzines são publicações impressas independentes, feitas por fãs.

Martin admite que as revistas eram muito, muito ruins, e que sabia fazer melhor: “Eu não era Shakespeare ou Tolkien, mas certamente podia escrever melhor do que aquilo”.

5. Um fracasso literário o levou a escrever para a TV

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Em 1983, mais de uma década antes de o mundo conhecer o primeiro livro de As Crônicas de Gelo e Fogo, Martin escreveu um livro chamado The Armageddon Rag. Apesar de as críticas desapontarem o autor, o produtor Philip DeGuere se interessou em adaptar o projeto com a ajuda do próprio criador, o que nunca aconteceu. Anos depois, DeGuere se lembrou dele enquanto fazia um reboot de Além da Imaginação e o chamou para escrever alguns episódios.

https://youtu.be/ZeG9jirA4Qg

6. O estilo de escrita de GRRM não se encaixava na TV

“Havia constantes limitações, e isso me desgastou”, mencionou o escritor à revista [url=https://www.rollingstone.cohttps://tm.ibxk.com.br/tv/tv-news/george-r-r-martin-the-complete-rolling-stone-interview-52421/]Rolling Stone[/url], referindo-se aos cortes que sua escrita sofria na televisão. “Havia batalhas sobre essa censura, se uma cena era muito política ou quão sexuais ou violentas as coisas poderiam ser”. As discussões a que ele se refere aconteceram no live-action de A Bela e a Fera, estrelado por Ron Perlman (Hellboy) e Linda Hamilton (O Exterminador do Futuro).

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“A Fera matava pessoas, porque ser um monstro era o foco do personagem, mas a CBS não queria sangue, então o personagem tinha que ser amável.”.

7. Martin possui seu próprio cinema independente

Em 2006, Santa Fé perdeu o Cinema Jean Cocteau, que fechou suas portas em meio a muita tristeza dos frequentadores, e o autor era um deles. Anos depois, George decidiu dar uma segunda vida ao lugar e, após uma pequena reforma, o cinema foi reinaugurado em 2013.

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Atualmente, além de exibir produções independentes, as salas comportam eventos especiais, como exibições de Game of Thrones. Existe até um bar interno que serve drinks inspirados na série — White Walker é um dos mais famosos.

8. Ele acredita que a HBO mudou as regras da TV

Hoje, em uma reviravolta do destino, Martin elogia os novos padrões da TV. “A HBO acabou com aquela crença de que todo mundo tem que ser amável na televisão. Sopranos mostrou isso”, afirmou à Rolling Stone.

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“Quando você conhece Tony Soprano, ele está falando com a psiquiatra sobre patos e sua depressão, e você simpatiza com ele. Depois, quando ele vê alguém que lhe deve dinheiro, sai de seu carro e começa a pisar na pessoa. Quão amável ele é?”.

Para o autor, o espectador não se importa com isso, porque já foi fisgado: “Um personagem como Walter White em Breaking Bad nunca poderia ter existido antes da HBO”.

9. George acredita que escritores devem quebrar regras

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A fuga do convencional virou uma das assinaturas de GRRM, motivando sua crítica ao guia de roteiro de Syd Field, um dos maiores especialistas na área. “Provavelmente é uma das coisas mais prejudiciais já feitas pela indústria cinematográfica", reclamou ao site [url=https://www.indiewire.cohttps://tm.ibxk.com.br/2014/10/george-r-r-martin-talks-comic-books-taxes-and-hating-game-of-thrones-interviews-68889/]IndieWire[/url]. “Por algum motivo perverso, [o livro] se tornou uma bíblia não apenas para roteiristas, mas também aos ‘engravatados’ que supervisionam os roteiros nos estúdios”.

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Ele critica o fato de seguirem as palavras de Field ao pé da letra: “Se realmente fosse tudo uma fórmula, então todo filme seria um blockbuster.”.

10. Martin ganhava dinheiro jogando xadrez

Se você também se surpreende com as manobras políticas na guerra pelo Trono de Ferro, saiba que o próprio escritor tem uma ligação com algo muito similar: xadrez. “Eu comecei a jogar quando estava no ensino fundamental”, confessou ao The Independent, e o hábito seguiu no ensino médio.

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“Na faculdade, eu fundei um clube de xadrez e era o capitão do time. Participava de torneios aos fins de semana para pagar as contas e ter algum dinheiro para mim, então conseguia escrever nos outros cinco dias da semana.”.

11. Seu jeito de escrever atrasa The Winds of Winter

GRRM não culpa o bloqueio criativo por sua demora em terminar o sexto livro de Game of Thrones — o volume mais recente, A Dança dos Dragões, saiu em 2011. Segundo ele, o motivo dos atrasos é a distração: “Nos últimos anos, os livros e a série se tornaram tão populares que eu dou entrevistas constantemente. Por conta disso, também sou convidado para viajar o tempo todo, mas não escrevo enquanto viajo. Eu preciso estar na minha própria casa para escrever sem ser perturbado.”.

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Pelo menos Game of Thrones chegará antes disso: a oitava e última temporada estreia no dia 14 de abril na HBO.

Este texto foi escrito por Caíque Pereira via nexperts.

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