Funcionários do Facebook cobram ações de Zuckerberg contra Trump

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Imagem: Facebook/Divulgação

As postagens de Donald Trump que foram destacadas no Twitter com alerta de desinformação geraram efeito também no Facebook. Após não dar uma resposta no mesmo nível, funcionários da empresa têm se revoltado contra a recusa de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, em tomar ações contra falas do presidente dos Estados Unidos.

Na terça-feira (26), o Twitter incluiu links com verificação de fatos em tuítes do presidente Trump. Já na sexta, ele fez publicações que foram marcadas pela rede social como conteúdo que incita a violência. No Facebook, a mesma postagem foi feita, mas nenhuma ação foi tomada.

Zuckerberg afirmou que, sobre as falas recentes do presidente dos EUA, discorda da interpretação do Facebook. Ele disse que a postagem não infringiu as políticas da sua plataforma e não seria removida.

Tuíte do presidente Donald Trump que viola políticas da rede social.Tuíte do presidente Donald Trump que viola políticas da rede social.Fonte:  Twitter/Reprodução 

Ele ainda disse discordar do presidente, mas "que as pessoas devem ser capazes de ver isso por si mesmas". Em uma das publicações, Trump disse: "Quando os saques começam começa, os tiroteios começam". A fala é tida como uma declaração de guerra à criminosos, incluindo a morte como forma adequada de lidar com eles. Trump negou este teor na mensagem.

Com isto, os funcionários do Facebook se revoltaram com a recusa de Zuckerberg em agir contra as falas de Trump. Nas redes sociais, eles têm demonstrado descontentamento com a postura do chefe.

O que dizem os Facebookers

"Mark está errado, e vou me esforçar da maneira mais barulhenta possível para mudar sua mente", escreveu o diretor de design de produtos do Facebook News, Ryan Freitas.

Já Andrew Crow, chefe de design do Portal, contou no Twitter que uma plataforma não deve espalhar desinformação e também discordou do CEO. "É inaceitável oferecer uma plataforma para incitar a violência ou espalhar desinformação, independentemente de quem você é ou se é digno de notícia", disse ele. "Eu discordo da posição de Mark e vou trabalhar para fazer a mudança acontecer", acrescentou.

Também no Twitter, Jason Stirman, membro da equipe de pesquisa e desenvolvimento, também discorda da postura de Mark e diz: "não estou sozinho dentro do FB. Não existe uma posição neutra sobre o racismo".

"Sou um funcionário do FB que discorda completamente da decisão de Mark de não fazer nada sobre os posts recentes de Trump, que claramente incitam a violência", escreveu Stirman.

No último domingo (31), Zuckerberg anunciou que o Facebook doará US$ 10 milhões "para grupos que trabalham com justiça racial". Ele disse que a empresa tem falado com consultores de direitos civis e funcionários "para identificar organizações local e nacionalmente que poderiam usar isso de maneira mais eficaz no momento".

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