Representatividade: Awkwafina rouba a cena em Podres de Ricos

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Muita gente assistiu a Oito Mulheres e Um Segredo e ficou se perguntando quem era a rapper skatista que interpretava a personagem da golpista Peik Lin Goh.

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Um rostinho ainda não muito conhecido no cinema, mas que já estourou fazendo o maior sucesso no YouTube, Awkwafina roubou a cena com uma tirada certeira após a outra no longa-metragem e, agora, promete repetir o bom trabalho em Podres de Ricos.

Aos 29 anos, Awkwafina só foi saber o que era sucesso profissional em 2012, quando lançou seu hit "My Vag", uma resposta bem-humorada a um rap machista lançado por Mickey Avalon. O vídeo dela, que já está perto de alcançar 3 milhões de visualizações, estourou e deu projeção à jovem que, na verdade, se chama Nora Lum.

https://youtu.be/z726OPwCnjE

Desde então, ela lançou um álbum chamado Yellow Ranger e fez participações em séries e filmes, entre eles Vizinhos 2. "Seth Rogen e Nick Stoller viram meu primeiro vídeo de música que viralizou e me pediram para fazer um teste para Vizinhos 2. Eu consegui o papel e apareci nesse filme, que tem um elenco incrível. Lembro-me de olhar para o quarto e dizer: 'Isso é loucura'. E não foi especificamente escrito para uma mulher asiática."

Agora, em Podres de Ricos, ela atua pela primeira vez em uma produção feita exclusivamente com homens e mulheres de origem oriental. "Foi incrível, e, honestamente, nós nos tornamos família de um jeito que nunca havia vivido em um set antes. Desde que o filme foi anunciado, eu fiquei muito animada de vê-lo começar a ser delineado — estivesse ou não nele. Eu sabia que seria impactante para minha comunidade", disse, em entrevista à Variety.

Representatividade importa

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A comédia de John M. Chu é uma tentativa do diretor de abrir espaço para a representatividade asiática dentro do cinema. Nele, uma mulher de origem asiática, mas nascida em Nova York, Rachel Chu (Constance Wu), viaja para Cingapura para conhecer a família do marido.

O filme coloca em conflito tradições religiosas e culturais asiáticas e o desprendimento pretensioso norte-americano. Mas o grande trunfo de Jon M. Chu, com Podres de Ricos,é evidenciar outro grande embate: a ausência de rostos asiáticos em papéis de destaque na TV e no cinema.

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A cada 100 filmes lançados em 2017, 65 não tinham participação com fala de atrizes asiáticas ou descendentes. Segundo a Escola de Comunicação e Jornalismo da Annenberg School, nos Estados Unidos, dos 1,1 mil filmes com melhor bilheteria lançados entre 2007 e 2017, a participação dessas pessoas, especialmente mulheres, é praticamente inexistente.

Não é a primeira vez que Jon M. Chu manifesta preocupação com o tema. Recentemente, ele veio a público para falar que faria de tudo para evitar que a história dos meninos presos em uma caverna na Tailândia passasse por mais um caso de white-washing.

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Para Awkwafina, aumentar essa expressividade é fundamental para que as pessoas percebam que a diversidade é real e precisa ser reconhecida. "A representação começa na frente e atrás das câmeras. Eu acho que um grande motivo para não existirem muitas histórias refletidas é o fato de as pessoas não saberem escrever para nós ou pensarem que não podem fazer isso. Então, acho que, no caso de qualquer grupo minoritário, é preciso que haja escritores capazes de contá-las honestamente. É importante dar uma chance às pessoas", opina a atriz.

Segundo ela, "sempre existiram diretores asiáticos-americanos, mas eles nem sempre têm a oportunidade de dirigir asiáticos".

Este texto foi escrito por Lu Belin via nexperts.

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