Imagem de Astro Boy: The Video Game
Imagem de Astro Boy: The Video Game

Astro Boy: The Video Game

Nota do Voxel
50

Tem coisas que nem um par de metralhadoras no traseiro consegue salvar

Astro Boy você conhece. Trata-se daquela que é considerada a maior criação de Osamu Tezuka, lendário roteirista japonês que carrega alcunhas como “o pai do mangá”, “o deus dos quadrinhos” ou ainda “o kamisama do mangá”. Trata-se também de uma espécie de irmão mais velho de Mega Man, igualmente dotado de visual futurista, dezenas de armas de alto calibre e, é claro, emoções humanas.

Astro Boy: The Video Game você talvez ainda não conheça. Mas, sendo um jogo baseado no longa recentemente lançado do herói, é fácil arriscar um julgamento preconceituoso: um jogo de baixa renda, lançado unicamente para aproveitar o espaço aberto pela animação. Certo? Pois é, infelizmente, é isso mesmo.

Com vocês, mais um jogo baseado em filme...

Trata-se de mais um daqueles jogos baseados em filme cuja única boa característica é... serem baseados em filme! Trata-se de um estigma que a indústria de games parece não conseguir se livrar — aliás, parece nem mesmo tentar. Dessa forma, em Astro Boy: The Video Game o que se pode esperar é o que normalmente se pode esperar da categoria: ação enjoativa, gráficos medíocres e uma ponte muito mal feita entre a trama da película e o jogo.

O jogo apenas melhor um pouco quando se joga com um companheiro igualmente paciente, quando se torna então possível contornar algumas das péssimas mecânicas de jogo lançando mão de uma verdadeira enxurrada de socos e raios. Mas mesmo isso cansa. E cansa rápido.

Basicamente, o que você tem aqui é um jogo de plataforma dos mais prosaicos, no qual a ideia é acabar com um sem-número de inimigos repetidos à exaustão — dando conta ainda de se safar ileso das mecânicas de jogo capengas, que constantemente dão vantagem ao exército robotizado. Bem, mas vamos aos detalhes.

Astro Boy: The Video Game é mais um daqueles jogos descartáveis e rapidamente esquecíveis que são lançados em conjunto com um filme. Embora se possa tirar alguma diversão jogando-se em duas pessoas, o melhor mesmo é passar longe. “Mas eu sou fã de Astro Boy”, alguém diria. Bem, sempre se pode assistir ao filme mais de uma vez, não é? Isso sem falar em todo o extenso material do herói produzido ao longo das décadas pelo brilhante Osamu Tezuka.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.