Um segundo retorno à era de ouro das plataformas
Donkey Kong Country é uma espécie de emblema do que de melhor foi produzido por um estilo prolífico em uma época igualmente fértil. Também é um símbolo do período em que os desenvolvedores não tinham nenhum pudor ao fazê-lo arrancar os cabelos e arremessar o controle no chão — o que te deixaria empacado no jogo e com um periférico quebrado, vale dizer.
Dessa forma, quando DK Country Returns deu as caras no Wii, não faltaram saudosistas e novatos em busca do que se prometia ser a “essência” que marcou a franquia — isso lá pelo início da década de 1990. Bem, mas a experiência pode ser expandida, certo? Dessa forma, o mesmo excelente título lançado para o console de mesa da Nintendo agora aporta também no seu portátil... Com algumas alterações, é verdade.
Em primeiro lugar, a Nintendo parece ter coçado a orelha quando lhe disseram: “Alguns jogadores não conseguem passar das primeiras fases! O que faremos?!”. Portanto, Donkey Kong Country 3D inclui um novo modo de jogo, no qual as coisas são consideravelmente facilitadas para novatos e/ou jogadores preguiçosos. Uma medida controversa, é verdade. Mas certamente muito bem ligada às proporções atuais do mercado de jogos.
Mas DK Country Returns 3D também traz vários motivos para convencer mesmo o mais calejado jogador de games em plataforma a tentar a sorte — digamos, além da óbvia adição da tridimensionalidade estereoscópica. Quer dizer, a dificuldade original do game ainda pode ser acessada, certo? Além disso, há oito níveis inéditos que devem atrair mesmo quem encarou o título inicial no Wii. Aos detalhes, portanto.
Donkey Kong Coutry Returns fez um ótimo trabalho ao atrair novos jogadores para um estilo consagrado — prestando ainda uma bem merecida homenagem a uma das franquias mais queridas entre os fãs, sobretudo os da Nintendo.
Bem, DK Country Returns 3D certamente expande de forma bastante decente a experiência da sua “versão maior”. Mesmo com alguns pequenos deslizes — como quedas de fps e alguma confusão visual —, o que há aqui é, de fato, uma versão até mais ligada às raízes da série, sobretudo graças aos controles do 3DS.
Adicionalmente, o “New Mode” ainda oferece uma porta de entrada mais amigável para jogadores mais novos e/ou pouco acostumados ao estilo carrasco dos games de plataforma de outrora. Por fim, oito novas fases ainda dão a qualquer jogador — mesmo da versão original para o Wii — um bom motivo para voltar ao divertido humor nonsense de Donkey Kong.
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