Imagem de Fight Night Champion
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Fight Night Champion

Nota do Voxel
85

Fight Night encontra o lado humano do boxe

O boxe é um filho legítimo do showbizz. Afinal, há lutas, bravatas, controvérsias — como orelhas retalhadas — e muito dinheiro rolando. Tudo o que define perfeitamente o apelo de algo produzido pela indústria cultural. Quanto à série Fight Night? Um retrato fiel desse cenário, composto por todos os lutadores que ocupam os holofotes e dotado de um realismo sem precedentes para o estilo.

Mas algo parecia faltar, e a Electronic Arts sabia disso. Notadamente, faltava um pouco daquele elemento humano que se pode encontrar nos bastidores, um pouco daquele sentimento intenso de viver no limite, constantemente arremessado entre as contingências de uma carreira incrivelmente incerta e curta. Senão, basta conferir películas como “O Vencedor”, “Ali”, “A Menina de Ouro” ou ainda o clássico incontestável “Rocky: Um Lutador”.

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Dessa forma, a fim de tornar o retrato fornecido por Fight Nithe ainda mais fidedigno, a EA acrescentou um típico dramalhão baseado na história de vida de um lutador. Com todos os clichês típicos de histórias do gênero — ascensão, queda e renascimento — saltando à vista em algum momento... Mas quer saber? A decisão não poderia ter sido mais acertada.

Afinal, mesmo com gráficos que flertam fortemente com a realidade, Fight Night andava se repetindo há algum tempo. Isso faz da inclusão de um modo história algo não apenas de bom gosto, mas também bastante necessário, na medida em que confere um sentido para o que antes era apenas uma série infindável de combates.

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Só que Fight Night Champions não se limita a contar histórias. Fazendo jus ao seu legado sempre inovador, o título não apenas inclui novamente um respeitável rol de lutadores — cuja modelagem, como sempre, beira a perfeição —, mas também reelabora e simplifica mecânicas de combate e acrescenta novos níveis estratégicos.

Ok, mas isso não evita alguns deslizes, boa parte deles decorrente do próprio sucesso angariado pela franquia — o que provavelmente deixa a EA receosa quanto a mudanças mais profundas. Para citar alguns, há um modo carreira (Legacy) completamente inexpressivo... E também certa dupla de narradores que, francamente, deveria ter sido aposentada há um bom tempo. Vamos aos detalhes.

Fight Night Champions é uma evolução bastante natural da série da EA. Aqui, uma franquia que já possuía quase todos os méritos possíveis — sobretudo em quesitos técnicos — abraça agora o lado dramático e humano que sempre permeou um esporte tão controverso quanto o boxe. Treinadores, affairs, empresários inescrupulosos... Está tudo aqui, brilhantemente encaixado na história pessoal de Andre Bishop.

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Além disso, há os elementos que consagraram a franquia da Electronic Arts em toda a sua glória: movimentos e gráficos beirando a perfeição, movimentação fidedigna dos lutadores — sempre atentando para os seus estilos próprios, algo garantido pela excelente performance da inteligência artificial (I.A.) do game. Enfim, o que dizer? É Fight Night em sua melhor forma.

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