Imagem de Forza Motorsport 5
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Forza Motorsport 5

Nota do Voxel
90

Um espetáculo visual interativo [vídeo]

Videoanálise

Há quem diga que “ter amor pelo que se faz” é o segredo do sucesso. Tenho que confessar: a mim isso sempre pareceu um discurso narcisista disfarçado — mas, às vezes, é preciso dar o braço a torcer. Às vezes é notável como algo parece mesmo alcançar a excelência unicamente porque os envolvidos entram de corpo e alma na proposta — embora alguns milhões de dólares disponíveis não devam ser menosprezados, é claro.

Forza Motorsport 5 foi o último empreendimento humano que me fez reconsiderar a máxima popular acima. E o fiz tendo um bom referencial: em 2011, tive o privilégio de avaliar FM 4, certamente um dos melhores jogos de corrida de todos os tempos — a despeito de qualquer distinção dispensável entre “arcade” e “simulação”. Bem, o que dizer? A Turn 10 acertou a mão novamente.

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Embora não seja impecável, é notável como a quinta edição do hoje famoso simulador da Microsoft conseguiu aparar as arestas do título anterior, fazendo acompanhar o novo console por um jogo ainda mais belo, mais funcional e, conforme a proposta, mais realista.

Entretanto, diferentemente da evolução relativamente linear assumida por outros jogos focados em esporte — cuja perseguição por um ideal realista parece bastante natural —, a Turn 10 encontrou aqui um belo espaço para manobra (com o perdão do trocadilho), na forma de diversas atualizações de uma fórmula naturalmente campeã (ok, outro trocadilho).

Dessa forma, enquanto ser cegado pelo sol nas ruas de Praga — formadas por belos paralelepípedos reluzentes, cuja presença pode ser sentida na mão — é uma experiência excepcional, encarar fac-símiles de jogadores reais na forma dos Drivatars torna tudo muito menos previsível (embora nem sempre de uma forma positiva).

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Igualmente, projetar o próprio carro pode servir como uma luva a jogadores com veias artísticas salientes — com o adicional de que suas criações podem acabar entre as mais populares na nuvem, dando certo gostinho de dever bem feito. Vamos aos detalhes.

Forza Motorsport 5 conseguiu um belo feito para um jogo focado na reprodução de um esporte — uma modalidade normalmente ditada por uma busca incansável por realismo. Por um lado, trata-se de um jogo mais belo, cujo feeling ao dirigir cada um dos veículos provavelmente só poderia ser mais autêntico com o próprio carro.

Por outro, as boas sacadas da Turn 10 transformam o game no que pode ser uma forma, um padrão para jogos futuros. O Drivatar, mesmo com suas arestas por aparar, traz uma imprevisibilidade e um senso de competitividade que não podia ser sentido em outros modos campanha, enquanto que a utilização soberba do novo sistema de vibração do controle do Xbox One faz parecer que se está mesmo rodando sobre um daqueles asfaltos famosos.

Ademais, mesmo com a controversa diminuição de pistas e bólidos — tornada ainda mais controversa pela existência de microtransações — torna-se facilmente desculpável quando se percebe o apuro inacreditável com que a Turn 10 reproduziu alguns dos carros mais famosos de hoje e de ontem. Forza Motorsport 5 é um espetáculo visual e uma experiência interativa sem precedentes.

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