O conteúdo exclusivo para o Xbox 360 faz de Guitar Hero 2 um jogo espetacular. Let's rock!

Tornar-se um astro do rock é um grande sonho para muitos adolescentes e guitarristas amadores. Foi a partir desta idéia que a Harmonix, desenvolvedora de jogos musicais, conseguiu deslanchar em 2005 ao lançar Guitar Hero para PlayStation 2, um jogo inovador onde você deve tocar os clássicos do rock através de um controle em forma de guitarra.

O abalo na indústria dos games foi tanto que, no período exato de um ano, o desejo de “bis” do público foi atendido com a chegada do segundo título da série para o PS2. Não demorou nada para os possuidores de consoles da nova geração também desejassem usufruir deste jogo divertidíssimo.

E a espera não poderia ser mais bem recompensada: Guitar Hero 2 para Xbox 360 traz novas músicas, material para download, gráficos melhorados, ranking online, conteúdo exclusivo e um modelo de guitarra diferente: a Gibson X-Plorer!

Um breve tour pelos jogos que precederam Guitar Hero
As máquinas de dança em fliperamas sempre chamaram a atenção. As pessoas passavam e ficavam olhando àquele tapete com setas direcionais que piscavam sem parar. Uma vez ou outra alguém se arriscava a seguir os passos de dança estipulados pela máquina, o que causava admiração para alguns ou até boas risadas para outros (principalmente se os amigos participassem).

Mas o sucesso de tais máquinas estava com os dias contados, pois os consoles domésticos estavam se popularizando e os fliperamas já não agradavam o público como anteriormente. Primeiro chegou PaRappa the Rapper, um jogo para PlayStation onde você controlava um cãozinho rapper que devia aprender as lições da vida como um enredo animado e engraçado. Desde então, o gênero se expandiu e lançou vários títulos clássicos.

Dance Dance Revolution e Bust a Move se consagraram no ramo do ritmo e dança, principalmente por permitirem o uso de acessórios em forma de tapete, os quais eram vendidos separadamente. Outros congêneres que se destacaram foram Beatmania e Guitar Freaks (ambos da Konami), sendo este último bastante semelhante ao Guitar Hero, contudo o jogo nunca saiu das terras nipônicas, infelizmente.

Hoje, jogos de outros gêneros também adicionam mini-games baseados no sucesso dos games citados. Um bom exemplo é Grand Theft Auto: San Andreas, no qual você pode dançar em boates e até mesmo participar de concursos para carros rebaixados com sistema hidráulico (lowriders).

Guitarra remodelada para muitas noites de rock'n'roll
Para começar, a caixa do jogo é muito bonita e estilizada, trazendo a guitarra (com correia ajustável), adesivos para se colar no instrumento e o game. Muitos se perguntam como um jogo pode imitar o uso de um instrumento musical num mero videogame.

Nos jogos de ritmo e dança, os comandos eram exibidos na tela e os jogadores deveriam apertar os botões do controle na seqüencia e no tempo correto. Em Guitar Hero a idéia é a mesma, mas para realizar tal feito você tem a disposição uma guitarra! Uma das maiores diferenças referentes à versão do PlayStation 2 é o modelo de guitarra, que passou de Gibson SG Standard para a exótica Gibson X-Plorer. A guitarra é branca e contém os botões direcionais do controle comum, assim como o botão “Guide” do Xbox. Lamentavelmente, ela não é sem fio como os outros acessórios do console.

Agradar ao público exigente e realizar os mais extensos solos de guitarra, com uma grande quantidade de notas por segundo, não é uma tarefa fácil. Por conta disso, o game dispõe de um tutorial que ensina como o controle funciona e qual a sua relação com as notas que correm na linha do tempo. À primeira vista aparenta ser complicado, mas nada que um pouco de treino não melhore a sua coordenação motora.

Hey! Ho! Let's Go

Na tela, as notas surgem numa espécie de linha do tempo na forma do braço de uma guitarra, cabendo a você tocá-las no ritmo adequado. Munido com o seu novo instrumento, você possui cinco botões coloridos separados pelos trastes da guitarra, são eles: verde, vermelho, amarelo, azul e laranja, respectivamente. Cada um corresponde a uma nota diferente.

Assim como na vida real, você deve apertar as notas e “palhetar”, ou seja, tocá-las na guitarra. Conseqüentemente, o instrumento conta com um dispositivo que pode ser apertado tanto para cima como para baixo, facilitando as passagens mais rápidas nas quais uma nota deve ser repetida diversas vezes. Em outras palavras, é como se você realmente estivesse segurando uma palheta de verdade. Outra ferramenta importante é a alavanca capaz de distorcer as notas tocadas. Útil para aumentar o bônus principalmente em slides, quando você deixa uma nota segurada.

Logo de início, é recomendado aos iniciantes realizar o modo tutorial, o qual ensina como jogar, além de algumas técnicas de guitarra. A principal adição de Guitar Hero 2 à jogabilidade foi o aperfeiçoamento dos hammer-ons e pull-offs, técnicas de guitarra que foram inseridas no jogo e facilitam a vida do jogador.

No primeiro título da franquia, era possível tocar uma série de notas com apenas uma palhetada, apertando apenas os trastes correspondentes às notas. Desta vez, é possível realizar a técnica mais facilmente, pois há uma janela maior para se pressionar os botões.

Conhecendo os atalhos da longa estrada da fama
Ao longo das músicas, algumas variações das notas simples podem aparecer. Quando um acorde surge durante a música, duas ou três notas podem aparecer simultaneamente na linha do tempo, e quando uma nota soa por mais tempo durante a canção, você deve segurar o traste correspondente até que ela acabe. Além disso, há seqüências de notas especiais cujo ícone é uma estrela da cor do traste correspondente; elas completam a barra de especial. Mas ganhar a energia necessária para completar a barra, você não pode errar uma nota sequer destas seqüências!

Quando o jogador completa ao menos metade do medidor situado no canto inferior esquerdo da tela, é possível usar o especial. Para ativá-lo, basta colocar a guitarra na posição vertical ou apertar o botão select e seu personagem passa a realizar os mais insanos movimentos durante o show, chamando a atenção do público. O recurso é uma ótima saída em casos que a platéia está descontente com seus erros contínuos e prestes a expulsá-lo do palco com uma chuva de vaias.

Na vida real, o guitarrista deve usar o bom senso para saber se está ou não agradando a seu público. Em Guitar Hero 2, tudo é mais fácil. Basta observar o medidor cujo ponteiro aponta para uma área verde, amarela ou vermelha se o público está empolgado, indiferente ou aborrecido, respectivamente. O dispositivo funciona como um termômetro: se você acerta uma boa quantidade de notas em seqüência, o ponteiro se move para o lado verde; ao errar ou deixar de tocar alguma parte da música, o ponteiro cai para o vermelho até que a platéia expulse a banda do palco.

Executar o maior número de notas em seqüência é uma opção inteligente, não só para evitar a manifestação de desafeto do seu público, como para coletar a maior quantidade de pontos possível. Quando dez notas são tocadas corretamente em seqüência, o número de pontos adquiridos por cada nota passa a ser dobrado; se 20 notas forem executadas com sucesso, o valor é triplicado, ou quadruplicado quando 30 delas são efetuadas.

O especial, quando acionado, duplica estes valores, cabendo ao jogador usá-lo com bom senso; nas partes em que há muitas notas em seqüência, acionar o especial é uma boa idéia, pois ele pode multiplicar em até oito vezes o número de pontos adquiridos.

Torne-se um verdadeiro rockstar sem sair de casa
Depois de aprender os preceitos básicos, escolher um nome para sua banda e um entre os oito guitarristas disponíveis, é hora de cair na estrada. No modo Carreira, você realiza entre sete e oito shows em cidades diferentes, desde um festival de bandas de porão até os maiores eventos musicais. O número de músicas em cada apresentação depende da dificuldade em que se joga. No modo fácil, por exemplo, são sete estágios com cinco músicas cada. Já a partir do nível intermediário, são oito cidades com cinco músicas — além de uma canção nova, pedida como “bis” pela platéia, para cada tour completado.

Cada música lhe rende uma quantia em dinheiro, que é definida em função da qualidade da sua apresentação. Ao acertar uma boa quantidade de notas da música e manter a platéia entretida ao máximo durante seu show, você recebe uma boa crítica nas análises da imprensa, e conseqüentemente, mais dinheiro. Após juntar certa quantia, é possível comprar novas guitarras e acabamentos diferentes para elas, novos personagens, roupas, músicas e vídeos dos desenvolvedores.

A variedade de músicas, instrumentos e personagens é boa o suficiente para agradar grande parte dos gostos. Os fãs de metal clássico, por exemplo, podem selecionar o brutamontes Axl Steel para tocar "War Pigs", do Black Sabbath, enquanto aqueles que gostam de surf music podem escolher Eddie Knox para executar "Misirlou", de Dick Dale.

A dificuldade escolhida influencia diretamente na jogabilidade e na diversão. Enquanto os níveis mais fáceis dão a sensação de se estar tocando apenas uma fração da música, as dificuldades superiores oferecem-na praticamente na íntegra, exigindo que quase todas as suas notas sejam reproduzidas no controle. Finalizar uma composição na dificuldade expert, portanto, é uma tarefa digna de um guitarrista de verdade, principalmente se tratando daquelas essencialmente mais complicadas.

Para conseguir realizar as passagens e solos mais difíceis do game, o jogador tem a sua disposição um novo modo no qual é possível treiná-los. O modo Treino (Training) permite que você escolha a música que vem lhe tirando noites de sono (ou alguma parte específica dela) e praticá-la até que ela não seja mais um problema. Ele oferece a opção de diminuir a velocidade da composição em três níveis, tornando a assimilação dos comandos mais fácil e é muito útil, tendo em vista que o título é muito mais difícil que seu antecessor. Existe ainda a possibilidade de se escolher trechos determinados da música para treinar separadamente.

Outra novidade são as novas opções de multiplayer. O jogo possui uma modalidade cooperativa para dois jogadores, na qual o segundo pode jogar como guitarrista ou baixista, dependendo da música. Contudo, GH2 peca na variedade de notas para o jogador que optar pelo baixo, pois há muitas repetições. O modo Face-Off foi alterado. Agora, cada jogador pode escolher a dificuldade que bem entender nesta modalidade. Há ainda a inclusão do modo Pro Face-Off, onde a dificuldade é idêntica para ambos jogadores. Por fim, o modo de jogo rápido (Quick Play) serve para você tocar descontraído.

Altas doses de veneno colocados em forma de som!
Guitar Hero 2 para o Xbox 360 contém dez músicas exclusivas, além das outras canções disponíveis para a versão para PS2. Entre os compositores estão grandes artistas como Mötlëy Crüe, Black Sabbath, Foo Fighters, Guns and Roses, Lynyrd Skynyrd, Rolling Stones e Megadeth. As músicas, no entanto, não são gravações originais. Assim como seu antecessor, o título apresenta composições regravadas pela equipe de músicos da Harmonix, portanto covers na grande maioria.

As músicas foram muito bem gravadas e a grande parte delas é bastante fiel à versão original, no entanto, algumas obras foram mal reproduzidas, como “Killing in the Name”, do Rage Against The Machine. Há ainda duas composições cujas gravações são originais: “John the Fisherman”, do Primus e ”YYZ” do Rush.

No total, são 74 clássicos do rock contra 40 da versão para PlayStation 2, incluindo “Sweet Child O’Mine”, “Freebird”, “Message in a Bottle”, “Surrender”, “Last Child”, “Heart-Shaped Box” e muito mais. Confira a lista de algumas músicas exclusivas para o Xbox 360:

• Toadies - Possum Kingdom
• Pearl Jam - Life Wasted
• Alice Cooper - Billion Dollar Babies
• Rancid - Salvation
• Rick Derringer - Rock n Roll Hoochie Koo
• My Chemical Romance - Dead!
• Deep Purple - Hush
• Ounce of Self - Drink Up
• Iron Maiden - The Trooper
• Noble Rot - Kicked to the Curb

Os clássicos do rock num show imperdível

Enquanto o jogador executa os maiores sucessos do rock na pequena guitarra, o show acontece em Guitar Hero 2. De acordo com o seu desempenho em palco, a platéia reage de forma positiva ou negativa. Nota-se, por exemplo, que ao errar uma quantidade de notas considerável, as pessoas passam a deixar a platéia e os poucos que sobram não hesitam em vaiá-lo.

A animação da banda é muito interessante e bem feita. Os guitarristas se movimentam de acordo com a música, cada um com movimentos peculiares. Ao perceber o descontentamento do público, o personagem muda de atitude, abaixando a cabeça e demonstrando a frustração em suas expressões faciais.

A modelagem dos bonecos e cenários é muito boa e traz um conceito que deve agradar aos fãs de rock. Embora os gráficos estejam melhorados para o Xbox 360, eles ainda ficam devendo, uma vez que o poder do console não é muito explorado neste quesito. O público não apresenta muitas variações, portanto são as mesmas pessoas multiplicadas. Além disso, falta um pouco de interação da platéia, o que poderia deixar o game mais interessante. Vendo por outra ótica, deve ser destacado que o jogo enfatiza a diversão e interação proporcionada pelo controle, ao invés de apelar para a qualidade gráfica.

Os personagens são caricaturas de diferentes tipos de músicos. Axl Steel, por exemplo, é o típico metaleiro rebelde que só quer saber de cerveja e metal. Johnny Napalm, por sua vez, é um punk que gosta de música crua e com atitude. O lado artístico do game certamente é um dos aspectos mais bem cuidados, afinal, o rock e a estética sempre andaram juntos. Os menus de apresentação apresentam ilustrações e elementos gráficos bastante peculiares do universo musical.

As telas de carregamento (loading), além de apresentarem tal conceito, mostram frases divertidas que brincam com a cultura da música e fazem alusões bem humoradas a artistas e filmes. Brincadeiras como “se alguém insistir em usar um cinto branco, o exclua da banda” ou “não deixe o baterista cuidar do dinheiro da banda” distraem o jogador. Vale ressaltar que as telas de loading estão muito rápidas no X360, visto que o carregamento é praticamente instantâneo. Um fator que torna a jogatina mais agradável.

Um game para ser jogado todos os dias!

As melhoras de Guitar Hero 2 para Xbox 360 são muito significativas para a série. O novo modelo da guitarra é muito bonito, o ranking online é um desafio até para os mais fanáticos e o material para download faz a diferença, principalmente na quantidade de músicas exclusivas. Até quem tem a versão para o PS2 vai querer jogar.

Em se tratando das composições, elas são mais complicadas de se tocar e o jogo, no geral, mais difícil. A dificuldade expert é um desafio até para aqueles que já cansaram de terminar o primeiro game neste nível. A incrível fórmula de Guitar Hero foi incrementada com a adição dos hammer-ons e pull-offs e os novos modos multiplayers. Entretanto, o impacto e o caráter inovador de seu antecessor são fatores que dificilmente podem ser superados.

Os membros da platéia são muito parecidos e os gráficos, embora aperfeiçoados, ficam devendo na nova geração de consoles, porém devemos lembrar que Guitar Hero 3 está chegando ainda este ano para ressarcir os jogadores deste inconveniente. Mas o que realmente torna GH2 imperfeito é a falta do modo multiplayer online, o ponto mais forte do console da Microsoft. Quem sabe não fica para a próxima?

Um grande diferencial da série é o conceito artístico dos jogos; neste aspecto, Guitar Hero 2 não deixa a desejar. Desde a apresentação até a última cena, o game impressiona, contando com pequenos detalhes que fazem a diferença. A modelagem dos personagens e outros elementos bem humorados do game fazem uma caricatura bastante divertida do universo da música.

Por fim, Guitar Hero 2 para Xbox 360 é um jogo maravilhoso que pode ser jogado por toda a família. É claro que para os novatos haverá muito treino, mas até mesmo os músicos profissionais serão desafiados ao extremo. É daqueles jogos que você joga todo dia porque não se cansa facilmente. Chame já os seus amigos e mostre as suas habilidades, pois Guitar Hero 2 é demais!
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