Imagem de Heroes of Newerth
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Heroes of Newerth

Nota do Voxel
85

Muito mais que um “mero herdeiro de DotA”

É realmente difícil transformar um “mod” — modificação — em um game completo. Ainda mais quam o assunto é um “mod” muito famoso. DotA (Defense of the Ancients) é um dos modos de jogo não-oficiais mais prestigiados pelos fãs de Warcraft 3, e o pessoal da S2 Games resolveu desenvolver um título baseado explicitamente no tão conhecido “mod”. Surge, então, Heroes of Newerth.

A proposta deste jogo é a mesma de DotA: o jogador controla um herói e deve evitar que os inimigos destruam uma estrutura principal na base. No mapa principal, são três os caminhos primários — as tão conhecidas “lanes” — de uma base à outra, sendo que cada um dos caminhos é protegido por torres. Enquanto o pessoal da Legion defende a Tree of Life, a facção Hellbourne protege a estrutura descrita como Sacrificial Shrine.

Levas de combatentes controlados pela inteligência artificial do jogo — os famosos “creeps” — são liberadas de tempos em tempos e entram em combate automaticamente com as unidades inimigas, sejam heróis, torres ou outras unidades. O resultado? Combates espetaculares, recheados com diversas magias e habilidades destrutivas.

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Existe um sistema de nivelamento (1 a 25) baseado em pontos de experiência adquiridos na matança. O ouro também é extremamente importante na jogabilidade, pois leva o jogador a criar objetos através de receitas indicadas nos vendedores de itens. Tudo é muito bem organizado: componentes à esquerda e “recipes” à direita. Há, também, divisão por categorias e o jogo até mesmo lista alguns itens recomendados para o herói controlado.

Compreender os princípios básicos da jogabilidade é obrigatório e faz com que o gamer assimile a seguinte ideia: não morrer é quase tão importante quanto matar. Pois é, a energia vital e os pontos mágicos devem ser administrados com muita sabedoria para que o personagem controlado não pereça facilmente em combate e as diferentes habilidades possam ser aplicadas nos momentos oportunos.

Familiar é apelido

HoN carrega o legado de vários protagonistas de DotA. Em alguns casos, mudam apenas os nomes do herói e das habilidades. Exemplos de relações similares? O Tormented Soul de DotA (Leshrac) é conhecido como Torturer, enquanto a Death Prophet (Krobelus) se transformou em Defiler e o Stone Giant (Tiny) virou Pebbles. O grande monstro escondido no mato, Roshan, agora é conhecido como Kongor.

Com isso, não é preciso dizer que tudo ganhou mudanças drásticas, não é mesmo? Dois dos aspectos que mais se destacam — veja abaixo — são o estilo visual e o sistema prático de atalhos (“hotkeys”) para comandos diversos. Resumindo: HoN é um legítimo herdeiro de DotA na forma de um jogo de grande porte muito, muito mais amplo que um simples “mod”.

Trata-se de um jogo excelente para quem gosta de combates diretos, práticos e muito dinâmicos. Para os apreciadores de DoTA, é uma bênção. A mesma fórmula, dezenas de heróis “herdados”, uma estrutura muito mais completa e recursos técnicos simplesmente deslumbrantes? É um pacote e tanto.

É uma alegria constatar que os desenvolvedores cuidaram para que a fluidez permanecesse constante durante os combates frenéticos de Heroes of Newerth. E, como o próprio pessoal da S2 Games afirmou que o jogo “nunca será terminado”, muitas novidades ainda estão por vir.

O preço — US$ 30, aproximadamente R$ 54,12 na taxa de câmbio atual — é aceitável. Levando em consideração a qualidade com que tudo foi criado até o momento, a relação custo/benefício é ótima para o bolso daqueles que pretendem adquirir um bom game de estratégia que foca o controle de apenas uma unidade... Se você não incorporar um herói de Newerth que possui seres subordinados, é claro.

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