Imagem de Lollipop Chainsaw
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Lollipop Chainsaw

Nota do Voxel
75

O hack ‘n’ slash agora mostra a calcinha enquanto retalha zumbis! [vídeo]

O hack ‘n’ slash andava se repetindo? Entre vísceras e litros de sangue espirrados na tela, pairava certa aura enfadonha de repetição industrial? Ok, sem problemas. Basta fazer a desgastada fórmula do “bata em tudo que se mexer” passar pela cabeça pervertida e caótica (em igual proporção) do icônico Suda51... Não tem como não ocorrer algo inusitado.

Não que Lollipop Chainsaw seja assim tão distinto de tudo o que foi feito anteriormente, é claro. Na verdade, beldades inclinadas à violência gratuita já são moda há muito tempo — tendência recentemente reforçada pela curvilínea Bayonetta. Mas há algo mais aqui: certa obscenidade cômica, controlada, porque, afinal, associações como a pioneira caçadora de Mortal Kombat ainda espreitam em cada canto, certo? Nunca se sabe.

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Mas, espere, há um detalhe extra aqui. Os alvos primordiais da estonteante cheerleader Juliet Starling não são “seres humanos”, em sentido estrito, mas sim zumbis devoradores de cérebro — algo que normalmente agrada à censura, estranhamente condescendente em relação a tudo q envolva sangue azul e explosões de purpurina, por assim dizer. A fim de tornar tudo muito mais interessante, as tradicionais escopetas de cano serrado foram trocadas por uma motosserra nada sutil, naturalmente — dois vivas ao bom e velho Suda!

Entretanto, em meio a um universo High School absolutamente nonsense, Lollipop Chainsaw não chega a ser realmente nada além de... Comum. Pelo menos em relação à jogabilidade. Afora uma heroína relutante em mostrar as partes íntimas — experimente passear com a câmera pelo chão para ter uma grata surpresa —, há, novamente, sequências de golpes, dúzias de inimigos potencialmente idênticos e várias fases com temática diversa.

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Em suma, além do rock ‘n’ roll, do estereótipo do sex appeal colegial, há um jogo simplesmente... Normal. Mas ei! Ainda é um jogo com a assinatura de um dos mais endiabrados designers da atualidade, certo? Dessa forma, vale a pena pelo menos dar uma olhada.

Os jogos que levam a assinatura do icônico Suda51 parecem padecer da mesma benção-maldição de algumas empreitadas do igualmente criativo Tim Burton (este nos cinemas, é claro). Tecnicamente, a coisa pode simplesmente não funcionar muito bem. Também é provável que acabe com várias pontas soltas. Entretanto, não há como negar: há uma marca aqui. Uma assinatura.

Esse é exatamente o caso de Lollipop Chainsaw. Embora derrape exemplarmente em alguns quesitos — mecânica com fórmula repetitiva, equívocos gráficos etc. —, trata-se inegavelmente de um jogo com os genes absurdos/obscenos/criativos do seu criador. Afinal, qualquer um pode organizar uma caçada a zumbis... Mas não DESTE jeito. Não com ESTES diálogos e nem com ESTAS tiradas de humor nonsense.

Dessa forma, se para você o que andava faltando ao hack ‘n’ slash era uma boa dose de Goichi Suda... Então vá em frente. Mas fica o aviso: Juliet não gosta muito que espiem por baixo da sua saia — e ela tem uma motosserra na mão, certo? Enfim.

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