Imagem de R.U.S.E.
Imagem de R.U.S.E.

R.U.S.E.

Nota do Voxel
80

Das mesas de comando para o centro da batalha

O que teria sido da Segunda Guerra Mundial se as forças ofensivas dos Estados Unidos não tivessem superado as barricadas alemãs nas encostas europeias? Muitos foram os jogos que exploraram as possibilidades e até mesmo realidades paralelas, na tentativa de trazer algo novo para o mundo dos games.

A equipe da Eugen Systems, responsável por R.U.S.E., adotou uma estratégia similar, renarrando os fatos da guerra que abalou o mundo. Entretanto, diferentemente das outras companhias, ela não se contentou apenas com a porção da narrativa. As reformulações abrangem também a jogabilidade.

Surgem novas estratégias

R.U.S.E., a princípio, funciona como qualquer outro jogo de estratégia em tempo real (RTS), permitindo o reordenamento das unidades sobre diversos cenários, ao lado da construção de bases, defesas e outras unidades de apoio.


Mas a grande aposta da desenvolvedora está no blefe, na trapaça. Os estratagemas — ruses, que dão nome ao projeto — são como habilidades especiais aplicadas no combate, garantindo vantagens aos jogadores que sabem utilizá-los. Como veremos adiante, eles são, de fato, responsáveis pela distinção do jogo, frente a concorrentes de peso.

Ao voltar a sua atenção para R.U.S.E., tenha duas coisas em mente. Em primeiro lugar, entenda que o jogo não é divertido durante o aprendizado, principalmente por exigir muita concentração e por tratar de inúmeros aspectos do gerenciamento estratégico — ainda que a interface e os controles sejam excelentes.

Em segundo lugar, saiba que é preciso paciência, já que o ritmo do jogo é mais lento. Você não encontrará a mesma ferocidade vista em títulos como StarCraft II e Command and Conquer. O que se vê é um apelo mais estratégico, voltado aos que realmente gostam de colocar a cabeça para funcionar, em vez de simplesmente treinar os dedos para pressionar as teclas e botões da forma mais rápida possível.

Como resultado, R.U.S.E. surge como um título focado em um público específico, de forma que ele provavelmente será rejeitado por muitos. Mas isso não quer dizer, de forma alguma, que o jogo é ruim: o projeto da Eugen Systems esconde muitas qualidades, além daquelas que são aparentes já em um primeiro contato (como o detalhamento visual e a fluidez dos controles). Bastam algumas horas para você estar completamente preso à tela, partindo com tudo para a melhor parte da experiência, que é a fatia online.


No fim das contas, somente aqueles que não entenderem as mecânicas do game continuarão regurgitando que os ruses servem apenas como uma camada estética sobre o que seria um RTS como qualquer outro. R.U.S.E. é um produto diferenciado e merece a sua atenção.

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