Imagem de Yaiba: Ninja Gaiden Z
Imagem de Yaiba: Ninja Gaiden Z

Yaiba: Ninja Gaiden Z

Nota do Voxel
60

Um jeito diferente (e quase divertido) de matar zumbis

A série Ninja Gaiden teve altos e baixos com os últimos games que traziam Hayabusa como protagonista. Além de pecarem pelo baixo nível de dificuldade, os jogos mais recentes tinham falhas de roteiro e uma jogabilidade muito simplificada.

Para consertar os erros do passado, a Team Ninja resolveu dar a volta por cima e nos apresentar algo completamente inusitado. Recebemos uma cópia de Yaiba: Ninja Gaiden Z para conferir de perto se o mundo dos ninjas está realmente divertido e desafiador.

O objetivo deste novo jogo é, obviamente, atrair os fãs da série para o mundo dos ninjas, mas, desta vez, com um novo estilo. Além de trocar o personagem principal, este game introduz uma história bem diferente, a qual traz inimigos incomuns.

Dessa maneira, Yaiba: Ninja Gaiden Z promete diversão, dificuldade elevada e uma jogabilidade semelhante a que estávamos acostumados. Todavia, como tratamos de uma série que teve sua moral abalada, é bom não se empolgar muito antes de conferir os pormenores.

Uma reviravolta desnecessária

Conforme comentamos, o mais recente game da série Ninja Gaiden traz um novo protagonista, que, por sinal, tem seu nome estampado no título. Yaiba é apresentado logo no começo do jogo, em uma situação desconfortável.

Em uma batalha contra Hayabusa, o novo personagem tem o azar de perder o combate, um braço, um olho e a própria vida. Graças à alta tecnologia, uma empresa ressuscita o ninja e dá condições (o que inclui um braço robótico e uma visão mais precisa) para ele reviver e ter a oportunidade de enfrentar o homem que o envergonhou.

A história estava boa até aqui, mas resolveram colocar um extra. Sem mais nem menos, uma horda de zumbis surgiu do mundo das trevas e deixou o planeta caótico. Agora, para chegar até Hayabusa, você deverá matar legiões incessantes de mortos-vivos. E isso é tudo que você vai saber da história em um primeiro momento.

Depois, aos poucos, é possível encontrar mais algum detalhe sobre como começou esse surto e quais são as intenções do homem que o ressuscitou. É claro que essa reviravolta não tinha razão de existir, até porque não é algo comum do universo dos ninjas, mas os desenvolvedores inventaram essa ideia para poder dar um objetivo para o jogador. Não que tenha ficado ruim, mas poderia ser diferente.

Disfarçando falhas com visuais maneiros

Aceitando os fatos de que o mundo agora não é mais infestado de ninjas e soldados, você será colocado em ambientes sombrios e bem caóticos que dão o tom ideal para esse apocalipse zumbi. Para facilitar as coisas (no desenvolvimento do jogo) e dar um toque diferenciado para a série, a Team Ninja optou por gráficos do tipo cell shaded — que mais parecem desenhos.

O motor gráfico do jogo é a Unreal Engine, que cumpre muito bem seu papel para criar cenários gigantes e repletos de detalhes. Os gráficos, apesar de simples, funcionam bem para a proposta e são bem-vindos. Acontece que, mesmo com um estilo visual simplificado, a desenvolvedora não caprichou muito nas texturas e na modelagem.

Infelizmente, o problema é que as falhas ficam aparentes e a surpresa visual presenciada nos primeiros momentos é ofuscada por alguns descuidos graves. Depois de algum tempo, o colorido excessivo fica até cansativo. Felizmente, tem um efeito legal quando o protagonista está morrendo, que deixa a tela preta e branca com alguns detalhes coloridos.

Incentivando o jogador

Apesar de um erro aqui e outro ali, Yaiba: Ninja Gaiden Z tem boa vontade e até consegue divertir de alguma forma. A matança de zumbi é uma verdadeira bagunça e o jogador pode fazer a festa com alguns poucos botões.

Há situações em que vêm vinte, trinta ou mais zumbis simultaneamente para atacá-lo. Nessas horas, o importante é sacar a espada e fazer o maior combo possível. O narrador do jogo é um dos grandes destaques, com sua voz grave dando nome às sequências de golpes insanas.

A dificuldade equilibrada do game é um ponto forte que também merece destaque. Não adianta simplesmente sair atacando como um louco e pensar que o jogo vai lhe dar uma colher de chá. É preciso pensar em estratégias para enfrentar alguns inimigos, usar sempre o botão de defesa e tentar fazer combinações corretas de botões para ter bons resultados.

Há alguns chefes de fase e inimigos que são bem fortes e espertos até mesmo no nível médio de dificuldade. Nesses casos, pode ser que você repita a mesma parte dez ou mais vezes para conseguir avançar de nível.

Quando a mecânica não ajuda

Apesar de ter a dificuldade equilibrada, Yaiba: Ninja Gaiden Z pode ser um bocado irritante devido aos problemas na mecânica e na jogabilidade. Em vários momentos, seu personagem vai se bater em alguma falha de cenário ou de outro inimigo.

Em nossos testes, encontramos alguns bugs bem inconvenientes que dificultaram o avanço. Houve uma situação, por exemplo, em que um grupo de inimigos foi derrotado e o jogo não processou a informação para colocar outros adversários ou dar chance de avançar (possibilitando a movimentação para a próxima parte do cenário).

Vale a pena

Yaiba: Ninja Gaiden Z está longe de ser um bom Ninja Gaiden. A história fraca e as falhas recorrentes são decepcionantes e tiram grandes chances de sucesso que o game poderia ter. Apesar disso, o capricho na dificuldade é algo que nos agradou.

Com certeza, este não é um jogo essencial, mas é possível se divertir durante algumas horas antes que os visuais com cores gritantes cansem sua visão. É importante ressaltar ainda que houve um grande esforço para criar algo novo e que o resultado não é de todo ruim.

Enfim, Yaiba: Ninja Gaiden Z está longe de ser um título indispensável para todos, mas é bem provável que os jogadores que gostam de matar zumbis e dos games da série Ninja Gaiden encontrem aqui um jogo razoável e que pode ter algo a oferecer.

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Pontos Positivos
  • Dificuldade equilibrada
  • Matar zumbis é divertido
  • Estilo de gráfico diferenciado
Pontos Negativos
  • História sem sentido
  • Descuido nos visuais
  • Bugs irritantes