Imagem de The Baconing
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The Baconing

Nota do Voxel
80

Mais combates, menos bom humor... Mas ainda assim divertido

Um dos justiceiros mais controversos da história dos video games está de volta. Em The Baconing, DeathSpank terá novamente que salvar um mundo que, provavelmente, necessita de seus serviços em uma lógica do tipo “dos males, o menor”. E o melhor? Você sequer precisará ter jogado os títulos anteriores da franquia já que, segundo a Hothead, a cronologia aqui funciona de forma mais ou menos semelhante ao que ocorre nas películas de James Bond — que é, bem entendido, praticamente nenhuma cronologia.

The Baconing tem seu início com um DeathSpank particularmente entediado. Aparentemente, o mal foi tão intensamente varrido da superfície do planeta, que não há muito o que fazer. É claro que um pouco de perversão sempre pode resolver o problema. Dessa forma, o herói resolve vestir, de uma só vez, todas as seis “tangas da virtude” — elementos centrais na trama da franquia, e fonte de poder inesgotável.

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Mas há um revés aqui: vestir todas as peças íntimas de uma vez acabou por invocar uma versão maligna de DeathSpank intitulada Anti-Spank. Para piorar ainda mais as coisas, o novo inimigo traz consigo um enorme exército de ciborgues pesadamente armados. A solução é tão pitoresca quanto a origem do inconveniente: DeathSpank terá que coletar os cinco fires of bacon, de forma que seja possível queimar as tangas e tornar o Anti-Spank vulnerável — não, definitivamente não faz muito sentido.

Ao analisar a nova trama por trás de The Baconing, fica claro que se encontra aqui exatamente o mesmo humor escrachado dos jogos anteriores, uma característica inequívoca do genial Ron Gilbert. Dessa forma, caso a coisa permanecesse nisso, o que se poderia dizer é: sem grandes novidades, DeathSpank apresenta uma nova história descontraída.

O problema é que a trama da nova desventura de DeathSpank não necessariamente se encontra no centro do picadeiro. Na verdade, The Baconing desloca o foco da série dos puzzles e diálogos despretensiosos para uma profusão de cenas de combate, colocando dezenas de monstrengos e criaturas anormais (nenhum problema com isso, é claro) para desfilar em uma sequência perigosamente linear.

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Ao final, nem mesmo a resoncstrução à la Blade Runner do  novo mundo de jogo consegue apagar a impressão de que o bom humor de Gilbert foi deixado de lado em favor de um nível de ação sem precedentes. Enfim, vamos aos detalhes.

Então você é um aficionado pela mistura singular entre Diablo e Monkey Island de DeathSpank, e também um fã do estilo inconfundível de Ron Gilbert? Ok, The Baconing pode ser uma boa pedida... Desde que certa mudança de direção seja considerada.

The Baconing certamente mantém o bom humor dos jogos anteriores, e DeathSpank se mantém tão carismático (mesmo que de forma estranha) quanto sempre foi. Entretanto, o foco aqui nitidamente passou da irreverência, dos puzzles e da ação para uma sequência virtualmente idêntica de combates que não necessariamente funcionam como deveriam. O restante ainda vale a pena? Bem, isso vai depender do seu senso de humor.

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